Hoje venho falar sobre The Killer, filme de 2024 que traz uma mistura de ação, suspense e um toque de drama.
 |
| Créditos: Peacock |
Dirigido por John Woo e estrelado por Nathalie Emmanuel e Omar Sy, o longa tem seus momentos de brilho, mas também algumas falhas que impedem que ele se torne algo memorável.
6.8/10
Vamos à análise!
O roteiro, infelizmente, não foi tão bem desenvolvido quanto eu esperava. A história de Zee, uma assassina renomada que salva uma garota cega e acaba envolvida em uma caçada perigosa, pareceu um tanto clichê em vários momentos. A trama segue um caminho previsível, com reviravoltas que não surpreendem tanto quanto poderiam.
No entanto, confesso que ainda assim consegui me divertir com algumas cenas, especialmente aquelas que exploram o lado mais humano da protagonista e sua relação com a garota. O filme tenta trazer uma profundidade emocional, mas acaba ficando na superfície, sem explorar todo o potencial que a premissa oferece.
A direção de John Woo, por outro lado, é um dos pontos altos do filme. Woo está em seu elemento aqui, especialmente nas cenas de tiroteio, que são coreografadas com a intensidade e o estilo que marcaram seus trabalhos antigos. As sequências de ação são dinâmicas, cheias de movimento e com aquele toque dramático que só ele sabe fazer. É quase como assistir a um clássico dos anos 90, com muita adrenalina e um visual que remete ao melhor do cinema de ação da época.
Quanto às atuações, Nathalie Emmanuel entrega uma performance razoável como Zee. Ela consegue transmitir a frieza e a determinação da personagem, mas eu senti que faltou um pouco mais de profundidade em sua interpretação. Omar Sy, como sempre, está sólido e carismático, mas seu personagem não é tão explorado quanto poderia ser. A química entre os dois funciona, mas não chega a ser algo que realmente brilhe.
A sinopse promete uma trama cheia de tensão, com Zee enfrentando a polícia, antigas alianças e seu próprio passado. Embora o filme cumpra essa promessa em partes, ele acaba pecando por não se aprofundar o suficiente nos conflitos internos da protagonista e nas relações entre os personagens.
No geral, The Killer é um filme que tem seus méritos, especialmente nas cenas de ação e na direção de John Woo, mas que acaba sendo limitado por um roteiro que não explora todo o seu potencial. É uma obra que pode agradar fãs do gênero, mas que dificilmente será lembrada como um clássico.
Um filme divertido, mas que poderia ter sido muito mais. Recomendo para quem curte ação bem feita, mas sem grandes expectativas em relação à história.