Crítica | Ex Machina - Filme visualmente deslumbrante com reflexões sobre a IA

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Ex Machina é incrivelmente perspicaz e captura perfeitamente os elementos que fazem desse filme uma obra tão marcante no gênero da ficção científica.


Crítica do filme Ex Machina


O roteiro, de fato, é um dos pontos altos do filme. A decisão de manter o foco na trama principal, sem se perder em flashbacks ou detalhes desnecessários, é uma escolha narrativa que funciona muito bem, especialmente em um filme que lida com temas tão complexos e filosóficos.


9.9/10


A tensão psicológica e os diálogos inteligentes são, sem dúvida, elementos que elevam a experiência do espectador, mantendo-o engajado e constantemente questionando as intenções e motivações dos personagens.

A direção de Alex Garland consegue criar uma atmosfera de suspense e mistério que permeia todo o filme, reforçando a sensação de isolamento e manipulação que é central para a trama. A maneira como ele conduz o ritmo da narrativa é magistral, mantendo o espectador na ponta da cadeira até o final.

As atuações são outro ponto forte do filme. Alicia Vikander, como Ava, é simplesmente brilhante. Ela consegue transmitir uma complexidade emocional que é ao mesmo tempo fascinante e perturbadora. Domhnall Gleeson e Oscar Isaac também entregam performances sólidas, complementando a narrativa e adicionando camadas de profundidade aos seus personagens.

Os efeitos visuais e a fotografia são, de fato, espetaculares. A construção visual de Ava é uma obra-prima de design, combinando elementos humanos e mecânicos de uma forma que é ao mesmo tempo bela e inquietante. A fotografia, com sua paleta de cores frias e iluminação estratégica, contribui para a atmosfera futurista e claustrofóbica do filme, tornando cada cena visualmente impactante.

A frase "As boas ações feitas pelo homem o defendem" é, de fato, um ponto de reflexão interessante dentro do contexto do filme. Ela levanta questões sobre moralidade, ética e as intenções por trás das criações humanas, temas que são centrais para a narrativa. 

Ex Machina nos deixa com um dilema intrigante: até que ponto a relação entre homem e máquina pode ser controlada? Esse questionamento permanece no espectador muito além dos créditos finais, provando a profundidade e a relevância da obra.

Com todos esses elementos combinados, Ex Machina merece nota 10. Um filme inteligente, visualmente deslumbrante e que provoca reflexões sobre o avanço da inteligência artificial e suas implicações para o futuro da humanidade.

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